A amamentação em até uma hora após o nascimento protege o bebê de infecções e reduz a mortalidade infantil, reforçam orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde para a Semana Mundial de Aleitamento Materno (entre 1 e 7 de agosto). A amamentação também previne alergias, anemias e infecções respiratórias, dentre os outros benefícios (confira abaixo).
Esse é um dos motivos pelos quais a amamentação exclusiva é recomendada até os seis meses de vida -- mesmo água ou chá devem ser evitados se possível, dizem entidades. Isso porque a introdução de outros líquidos, bem como da mamadeira ou da chupeta, estão associados ao desmame precoce, explica o Ministério da Saúde.
Camanhas mundiais de aleitamento são feitas periodicamente pelo alto benefício da amamentação, que funciona como uma "vacina" para o bebê". O risco de mortalidade por diarreia ou outras infecções aumenta significativamente em crianças que foram parcialmente amamentadas ou sequer chegaram a receber leite materno.
Além da proteção no curto prazo, crianças e adolescentes que foram amamentados têm menos chance de se tornarem obesos e estudos demonstraram que eles se saíram melhor em testes que avaliaram inteligência, reforçam as entidades.
Confira alguns dos benefícios da amamentação:
Para o bebê
O leite materno contém todos os nutrientes e anticorpos essenciais até o 6º mês de vida;
Bebês que foram amamentados têm menos chance de se tornarem obesos ou com sobrepeso no futuro;
A amamentação previne alergias, anemia e infecções respiratórias, como a asma;
Bebês amamentados têm risco menor de desenvolver diabetes tipo II;
Crianças que tiveram amamentação exclusiva até os seis meses tiveram 3 pontos em média a mais em testes de QI.
Para mães
A amamentação reduz a depressão pós-parto;
O leite materno é acessível;
A amamentação ajuda no controle da natalidade (tem uma taxa de proteção de 98% nos primeiros seis meses);
Tem um efeito protetor contra o câncer de mama e de ovário;
A amamentação reduz o risco da mulher desenvolver diabetes tipo 2 após a gravidez.
Apesar dos benefícios, não são todas as crianças que recebem amamentação exclusiva. Segundo dados de 2017 da Organização Mundial de Saúde, apenas 38% delas são alimentadas exclusivamente com o leite da mãe até os 6 meses de idade. Também apenas 32% continuam sendo amamentadas até os dois 2 anos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, se todas as crianças do mundo fossem amamentadas, seria possível salvar a vida de 820 mil crianças de até 5 anos de idade anualmente.
Responsabilidade de toda a sociedade
As entidades reforçam que o incentivo à amamentação deve envolver toda a comunidade. Além da licença-maternidade de quatro meses, empresas devem por lei oferecer dois descansos diários para a mãe, de meia hora cada um, até o 6º mês de vida do bebê.
Algumas empresas também aderiram ao Programa Empresa Cidadã, da Receita Federal, e passaram a adotar a licença-maternidade de seis meses.
O Ministério da Saúde também estimula que toda a sociedade respeite a mãe que está amamentando, reconhecendo o valor da amamentação. Profissionais de saúde também são orientados a introduzir o pai no processo de amamentação.
Em abril desse ano, a Organização Mundial de Saúde publicou uma lista com 10 recomendações para que profissionais de saúde ajudem no estímulo do aleitamento exclusivo. Dentre os incentivos, está em facilitar o contato da mãe com o bebê o mais rápido possível após o nascimento.
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