O EEG é um exame que analisa a atividade elétrica cerebral espontânea, captada através da utilização de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo. Como a atividade elétrica espontânea está presente desde o nascimento, o EEG pode ser útil em todas as idades, desde recém-nascidos até pacientes idosos.
O objetivo desse exame é obter registro da atividade elétrica cerebral para o diagnóstico de eventuais anormalidades dessa atividade.
Quando está indicado?
Suspeitas de alterações da atividade elétrica cerebral e dos ritmos cerebrais fisiológicos.
Epilepsia ou suspeita clínica dessa doença.
Pacientes com alteração da consciência.
Avaliação diagnóstica de pacientes com outras doenças neurológicas (ex: infecciosas, degenerativas) e psiquiátricas.
Como é feito o exame?
O EEG é realizado através da colocação de eletrodos no couro cabeludo, com auxílio de uma pasta condutora que, além de fixá-los, permite a aquisição adequada dos sinais elétricos que constituem a atividade elétrica cerebral. Inicialmente é feito um registro espontâneo da atividade elétrica cerebral durante a vigília (paciente acordado). Se possível, essa atividade é registrada também durante a sonolência e o sono. O registro em todos esses estados aumenta a sensibilidade do método na detecção de diversas anormalidades.
Após o registro espontâneo, são realizadas as provas de ativação: hiperpnéia (o paciente realiza incursões respiratórias forçadas e rápidas, por 3 a 4 minutos) e fotoestimulação intermitente (coloca-se, frente ao paciente, uma lâmpada que produz flashes com freqüências que variam de 0,5 a 30 Hz). O objetivo deste método é aumentar a sensibilidade do exame, bem como detectar alterações específicas que podem ser provocadas pelas provas de ativação.
Em crianças que apresentam comportamentos reativos à realização do exame, o mesmo só é possível após leve sedação feita com hidrato de cloral. Nesse caso, o registro é feito durante o sono induzido. No final do exame, a criança é despertada para realização do registro durante a vigília.
Após a aquisição do traçado eletroencefalográfico, o registro é revisto pelo médico neurofisiologista clínico (eletroencefalografista), com especial atenção para eventos apresentados pelo paciente durante o exame.
Existe alguma contraindicação?
Absolutas: por se tratar de exame não invasivo, não há contraindicações absolutas para sua realização.
Relativas: seborreia excessiva, infecção de pele no couro cabeludo e pediculose.
Quais são as limitações do exame?
O EEG fornece uma avaliação transversal da atividade elétrica cerebral no período de realização do exame, que geralmente tem a duração mínima de 20 minutos. Portanto, algumas alterações ocasionais apresentadas pelo paciente, podem não ser detectadas nesse exame.
Apesar dos métodos de ativação aumentarem a sensibilidade do exame para diagnóstico de anormalidades epileptiformes, o registro pode ser normal, ou seja, sem alterações. Portanto, mesmo os pacientes com epilepsia podem apresentar o exame sem anormalidades.
Pode haver alguma complicação durante o exame?
Na maioria dos casos, não há risco relacionado ao exame. Raramente o paciente pode apresentar crise epiléptica durante as provas de ativação: hiperpneia e fotoestimulação intermitente.
Qual o preparo necessário para realização do exame?
O paciente deve estar bem alimentado. É orientado a comparecer ao local do exame com o cabelo limpo e seco para permitir melhor fixação dos eletrodos. Devido à importância do registro de sonolência e sono, recomenda-se especial atenção à privação parcial de sono na noite anterior a realização do exame. O paciente deve dormir no mínimo quatro horas a menos do que o habitual.
Para maiores informações entre em contato com nossa Central de Atendimento através do número 3844-9480.